O dinheiro pode destruir um relacionamento – e eu já passei por isso. Custou-me US$ 500 e amizade.

Achei que estava ajudando alguém em um momento difícil, mas conforme as semanas se transformaram em meses e as promessas de vingança se transformaram em desculpas, percebi que havia cometido um erro terrível.

Essa experiência me ensinou uma lição importante: confiança e dinheiro nem sempre combinam bem.

A psicologia esclarece por que algumas pessoas são desonestas nas finanças.

Neste artigo, exploraremos 10 tipos de pessoas em quem você não deve confiar dinheiro – e como identificá-las antes que seja tarde demais.

1) Alguém que gasta dinheiro de forma imprudente

Gastadores descuidados podem ser uma verdadeira bandeira vermelha quando se trata de confiar dinheiro a alguém.

Muitas vezes essas pessoas compram por impulso, sem considerar as consequências financeiras.

Eles são facilmente influenciados por vendas, descontos e itens atuais “obrigatórios”.

Num minuto eles estão economizando para comprar uma casa, no outro eles economizaram uma fortuna em um sistema de entretenimento doméstico de última geração porque estava “à venda”.

Esta falta de orientação e previsão financeira pode levar à instabilidade financeira e ao endividamento.

2) Esperança Eterna

Agora, não me interpretem mal, o otimismo é uma boa característica. Isso nos mantém fortes, positivos e pode até ser bom para nossa saúde.

Mas quando se trata de finanças, o otimismo desenfreado pode ser perigoso.

Deixe-me dar meu exemplo pessoal. Certa vez emprestei dinheiro ao meu melhor amigo, que sempre foi a vida do grupo e um eterno otimista.

Ele acreditava que todo o dinheiro que ganhasse seria “grande”.

Ele sempre esteve convencido de que sua mais recente ideia de negócio o tornaria imediatamente um milionário.

Infelizmente, seu otimismo nem sempre foi acompanhado por um planejamento financeiro sólido ou por uma visão empresarial.

Ele não só perdeu o dinheiro que investiu, mas também o dinheiro que eu lhe emprestei.

Foi uma pílula difícil de engolir, mas me ensinou uma lição importante: o otimismo deve ser equilibrado com a teoria, especialmente quando se trata de finanças.

3) Uma pessoa que adia dinheiro

Um procrastinador é alguém que sempre atrasa a tomada de decisões financeiras importantes.

Eles evitam administrar dívidas, param de abrir uma conta de aposentadoria e nunca criam um orçamento.

Basicamente, eles não trabalham mais quando se trata de administrar suas finanças.

Esta prática pode ser perigosa, pois a sua falta de iniciativa provoca oportunidades perdidas ou até problemas financeiros.

Confiar seu dinheiro a alguém torna-se difícil quando essa pessoa adia constantemente tarefas financeiras importantes.

A inação deles coloca em risco o seu futuro financeiro, tornando quase impossível o planejamento financeiro adequado.

Nas palavras de Warren Buffett: “Não economize o que sobrou depois de gastar, mas gaste o que sobrou depois de economizar”.

4) Um guarda excessivamente confiante

O excesso de confiança pode ser tão perigoso quanto a procrastinação quando se trata de administrar dinheiro.

Pessoas excessivamente confiantes acreditam que têm mais controle sobre os acontecimentos do que realmente têm. Isso pode levar à tomada de riscos desnecessários em investimentos ou decisões financeiras.

Considere o mercado de ações, por exemplo. Um investidor excessivamente confiante pode pensar que pode prever as tendências do mercado melhor do que qualquer outra pessoa.

Podem investir pesadamente num negócio de alto risco e alta recompensa sem considerar a possibilidade de perda.

O campo da psicologia tem um nome para isso – “ilusão de controle”. É um viés cognitivo em que as pessoas superestimam sua capacidade de controlar os acontecimentos. E quando se trata de finanças, esse engano pode levar a resultados desastrosos.

5) Um acumulador excessivamente cauteloso

Ao contrário do que você imagina, nem toda cautela é boa quando se trata de finanças.

Existe um tipo de pessoa que tem medo de perder dinheiro até economizá-lo. Evitam investimentos, mesmo aqueles de baixo risco, e mantêm o seu dinheiro numa caderneta de poupança corrigida pela inflação.

Embora possa parecer uma estratégia segura, na verdade pode ser perigosa a longo prazo.

O dinheiro que não é investido ou não utilizado geralmente não cresce. Na verdade, devido à inflação, pode até perder valor com o tempo.

Os psicólogos chamam isso de “aversão à perda” – o medo de perder supera a alegria de ganhar.

Embora seja prudente ter cautela, o ceticismo excessivo pode levar à perda de oportunidades, prejudicando o crescimento financeiro. Equilibre cautela e prontidão para assumir riscos calculados para obter maiores recompensas.

6) Um mutuário frequente

Um mutuário regular depende do empréstimo para pagar despesas diárias ou fazer compras não essenciais.

Embora seja comum contrair um grande empréstimo, como uma casa, um carro ou uma educação, contrair empréstimos regulares para coisas como fazer compras, jantar ou viajar é um sinal de alerta.

Mostra indisciplina financeira e tendência a viver além de suas posses. Este comportamento pode levar ao aumento do endividamento e à incapacidade de poupar ou planear o futuro.

Uma pessoa que está sempre endividada pode ter dificuldade em construir segurança financeira e pode rapidamente encontrar-se em dificuldades financeiras.

Esses padrões destacam a falta de responsabilidade e estabilidade financeira, tornando perigoso confiar seu dinheiro a eles.

7) Uma pessoa que não se comunica

Certa vez, tive um relacionamento com alguém que escondeu suas finanças. Ele fazia compras sem discutir comigo, mesmo para coisas que afetavam a nós dois, como férias ou despesas domésticas.

Sempre que eu tentava abordar nossas finanças, ele encerrava a conversa ou a evitava completamente.

Esta falta de privacidade criou frustração e confusão. Com o tempo, percebi que éramos incompatíveis financeiramente e isso criou uma distância emocional entre nós.

Pessoas que escondem questões financeiras ou evitam discussões abertas sobre dinheiro podem destruir a confiança.

A comunicação clara e honesta é importante em qualquer relacionamento, especialmente quando administramos as finanças em conjunto. Sem isso, a tensão e o ressentimento podem aumentar, causando danos a longo prazo.

8) Uma pessoa materialista

As pessoas materialistas valorizam muito a aquisição de bens, às vezes gastando grande parte do seu dinheiro em bens de luxo para aumentar a sua auto-estima.

Embora a procura de coisas boas seja inerentemente errada, um foco excessivo nos bens materiais pode indicar uma potencial instabilidade financeira.

Estas pessoas podem dar prioridade ao seu desejo por símbolos de estatuto em detrimento de objectivos financeiros importantes, como poupar ou investir, colocando-as em risco de viver acima das suas posses.

Como Will Rogers disse sabiamente: “Muitas pessoas gastam dinheiro que não têm, para comprar coisas que não querem, para impressionar pessoas de quem não gostam”.

Essa atitude pode levar ao estresse financeiro e à insatisfação.

9) Eles não são movidos por emoções

As emoções podem atrapalhar nosso julgamento, especialmente quando se trata de dinheiro.

Pessoas emocionalmente sensíveis muitas vezes tomam decisões financeiras com base em como se sentem no momento, em vez de considerarem as consequências a longo prazo.

Por exemplo, eles podem dar um passeio no shopping para se animar depois de um dia ruim ou investir no negócio de um amigo por compaixão, e não por considerações financeiras.

Embora seja da natureza humana ter emoções, permitir que essas emoções controlem as nossas decisões financeiras pode levar ao arrependimento.

Dr. Susan David disse a famosa frase: “Sentimentos são dados, não diretivas”.

É importante separar as emoções dos factos e basear-se em decisões racionais e conselhos financeiros sólidos, em vez de ser influenciado por emoções passageiras.

Esta abordagem ajuda a criar uma abordagem financeira estável e ponderada, livre de decisões impulsivas que podem ser desencadeadas por reações emocionais.

10) Especialistas financeiros

Há uma curva de aprendizado acentuada quando se trata de compreender as finanças.

Termos como ações, títulos e fundos mútuos podem soar como uma língua estrangeira para os não iniciados.

É fácil cair na armadilha de confiar seu dinheiro a outra pessoa só porque você não entende.

Já vi isso acontecer com um membro da família que entregou suas economias para a aposentadoria a um amigo que afirmava ser um especialista financeiro.

Infelizmente, o chamado especialista sabia muito menos do que ele, e seu pé-de-meia diminuiu devido a más escolhas de investimento.

Conhecimento é poder. Se você não tiver certeza sobre alguma coisa, reserve um tempo para ler sobre isso antes de confiar seu dinheiro a outra pessoa.

Considerações finais: A confiança não é tamanho único

Quando se trata de dinheiro, a confiança deve ser conquistada e mantida. Quer seja um amigo, membro da família ou colega, todos trazemos para a mesa diferentes hábitos financeiros, mentalidades e valores.

Identificar esses 10 tipos de pessoas nos ajuda a navegar nos relacionamentos com mais cuidado, especialmente quando envolve o compartilhamento de recursos ou a tomada de decisões financeiras em conjunto.

Embora seja importante fornecer apoio e confiança aos nossos entes queridos, é igualmente importante proteger o nosso bem-estar financeiro. Não importa o quanto nos preocupamos com alguém, proteger o nosso futuro financeiro deve ser sempre uma prioridade.

Lembre-se de que o dinheiro não é apenas uma ferramenta; é um reflexo dos nossos valores, das nossas decisões e do nosso modo de vida.

Mantenha-se informado, mantenha-se informado e não tenha medo de estabelecer limites quando necessário.

Confiar seu dinheiro a alguém deve sempre se basear no respeito mútuo, na transparência e na compreensão compartilhada dos princípios financeiros.



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