A linha entre buscar feedback e desejar aprovação costuma ser confundida pela insegurança.

A insegurança pode nos levar a esconder nosso verdadeiro eu e a buscar segurança por meio de certas frases que expressam nossa necessidade de aprovação.

Reconhecer estas 7 frases pode nos ajudar a compreender o nosso próprio comportamento e o dos outros:

1) “Você acha que está tudo bem…”

A insegurança é muitas vezes vista como uma necessidade de validação externa, e isso é claramente visto nas interações verbais.

Nas conversas, as pessoas inseguras costumam usar frases que buscam aprovação ou validação. Eles não confiam em seu próprio julgamento, então confiam nos outros para validação.

Veja a frase: “Você acha que está tudo bem…”. Isso é mais do que apenas uma pergunta. É um pedido sutil de verificação ou aprovação.

Mostra que uma pessoa não tem certeza de sua opinião e precisa que outros a confirmem.

Notavelmente, não se trata de buscar aconselhamento ou negociação – trata-se de buscar garantias para se sentir seguro.

2) “Talvez eu esteja errado, mas…”

Esta é uma frase que me peguei usando mais de uma vez. É um sinal clássico de insegurança – minar a sua própria opinião antes que esta tenha a oportunidade de se posicionar.

“Talvez eu esteja errado, mas…” é mais do que apenas uma frase. É uma expressão de dúvida sobre as próprias habilidades ou ideias. Ele fala maliciosamente: “Não confio no meu próprio julgamento. Por favor, concorde comigo para que eu possa me sentir tranquilo.”

Lembro-me de usar essa frase durante reuniões de equipe no início da minha carreira. Eu costumava começar minhas propostas com “Talvez eu esteja errado, mas…”, na esperança de me acalmar caso minha ideia fosse rejeitada.

O que eu estava realmente fazendo era buscar validação e aprovação de outras pessoas por causa das minhas inseguranças.

É preciso autorreflexão e construção de confiança para remover essa frase do meu vocabulário.

3) “Não sou especialista…”

A frase “Não sou especialista…” é comum entre pessoas que não confiam em seus conhecimentos ou habilidades. É uma forma de diminuir as expectativas e evitar críticas ou rejeições.

Curiosamente, um estudo da Universidade Cornell descobriu que as pessoas tendem a subestimar as suas competências e conhecimentos, algo conhecido como efeito Dunning-Kruger.

Por outro lado, algumas pessoas superestimam suas habilidades, mas isso é uma história para outro dia.

Perceber isso pode ser o primeiro passo para construir autoconfiança e superar a necessidade de validação externa.

4) “Tive sorte…”

Esta frase é uma bandeira vermelha instantânea para a insegurança. Em vez de assumirem o seu sucesso, as pessoas inseguras muitas vezes atribuem-no à sorte, acreditando que na verdade não o merecem.

“Tive sorte…” menospreza os esforços, habilidades e realizações pessoais. É uma forma de desviar elogios e evitar os holofotes por medo de que outros possam esperar mais deles no futuro.

Na verdade, o sucesso raramente é apenas sorte. Envolve trabalho árduo, paciência e habilidade.

5) Isso faz sentido…

“Isso faz sentido…” é uma frase que uso quando não tenho certeza do que estou dizendo.

Não se trata de verificar se o ouvinte entende, mas sim de duvidar, buscando a confirmação de que meus pensamentos e afirmações são verdadeiros.

Eu costumava terminar minhas apresentações com “Isso faz sentido…” em vez de uma conclusão forte e confiante. Foi minha maneira subconsciente de buscar aprovação e validação do meu público.

Agora, pretendo expressar minha opinião com clareza e confiança, sem buscar confirmação em cada frase.

6) Provavelmente não tão bom…

As inseguranças muitas vezes fazem as pessoas subestimarem suas realizações ou habilidades. A frase “Talvez não tão bom…” é um exemplo disso.

Antes de apresentar seu trabalho, pessoas inseguras podem usar essa frase para diminuir as expectativas. Dessa forma, eles se sentem protegidos de críticas ou julgamentos severos.

É um mecanismo de defesa para salvar a face caso seu trabalho não seja bem recebido.

Compreender isto pode ajudar-nos a responder com bondade e incentivá-los a acreditar mais nas suas próprias capacidades.

7) O que você acha…

A frase “O que você acha…” quando usada em demasia pode ser um sinal de insegurança. Mostra uma alta dependência das opiniões dos outros e busca a validação de seus pensamentos ou ações.

É ótimo buscar opiniões, mas confiar demais na aprovação dos outros pode prejudicar nossa capacidade de confiar em nosso próprio julgamento.

É importante equilibrar o feedback com a confiança e confiar nos nossos instintos. Isso promove independência emocional e crescimento.

Considerações finais: trata-se de autocompaixão

No centro dessas frases e das inseguranças expressas, está um aspecto crítico do comportamento humano – a autopiedade.

A psicóloga e autora Kristin Neff descreve a empatia como “ser caloroso e compreensivo quando sofremos, falhamos ou nos sentimos inadequados, em vez de ignorar nossa dor ou nos culpar”.

Pessoas inseguras muitas vezes buscam validação externa devido à falta de empatia. Ao reconhecer essas frases, podemos compreender melhor nossas inseguranças ou ter empatia pelos outros.

Buscar aprovação é natural, mas não deve governar nossas vidas nem anular nosso julgamento.

Esta jornada de autodescoberta começa com a consciência e é guiada pela compaixão – por nós mesmos e pelos outros.



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