Eu me pego olhando meus pensamentos em uma janela aleatória ou me perguntando se as legendas nas redes sociais parecem inteligentes o suficiente.

Mas para algumas pessoas, esses momentos são raros – são constantes.

A imagem e a aparência tornam-se o seu foco em tempo integral, moldando todas as comunicações e decisões. É fácil considerar isso um absurdo, mas a verdade costuma ser mais complexa.

Às vezes, é medo, insegurança ou uma profunda necessidade de pertencer.

Se você já ficou curioso sobre as formas sutis que isso mostra, vamos analisar oito comportamentos que revelam quando alguém está preso à aparência.

1) Autoexame regular

Todos nós nos verificamos de vez em quando, mas os obsessivos por imagens levam isso para o próximo nível.

Eles são aqueles que você costuma ver verificando sub-repticiamente sua visibilidade em qualquer superfície brilhante por onde passam. Isso pode ser em uma janela, um espelho ou na tela do telefone.

Esse comportamento não é à toa. Esse comportamento mostra insegurança e uma necessidade constante de garantia de que estão se apresentando da melhor maneira possível.

Existe uma linha tênue entre estar consciente de sua aparência e estar preocupado com ela. Este último pode levar a estresse e ansiedade desnecessários, por isso é importante manter as coisas em perspectiva.

2) Pensar demais nas relações públicas

Tenho visto essa característica em diversas pessoas que conheci que se preocupam muito com sua imagem. Toda interação social é analisada até o enésimo grau.

Lembro-me de um amigo meu que passava horas dissecando uma conversa simples que teve em uma festa.

Ele se preocuparia em saber como conseguiu isso, o que deveria ter dito de forma diferente e se causou a impressão certa.

Essa preocupação com a forma como são percebidos muitas vezes os leva a pensar demais em cada palavra que dizem e em cada ação que realizam.

Embora seja comum considerarmos as nossas interações, este nível de escrutínio pode ser exaustivo e contraproducente.

3) Conscientização da marca

Aqueles que são obcecados por imagem tendem a valorizar muito as marcas.

Quer se trate de roupas, carros ou café, eles acreditam que os itens de marca melhoram seu status e atraem os outros.

Curiosamente, um estudo publicado na Frontiers in Psychology descobriu que o valor percebido do luxo pelos consumidores afeta significativamente a propriedade da marca, tanto social como pessoalmente.

Isto sugere que, para as pessoas que estão muito preocupadas com a sua imagem, as marcas de gama alta desempenham um papel importante na forma como se apresentam e como desejam ser percebidas pelos outros.

4) Obsessão pelas redes sociais

Na era digital de hoje, as pessoas que têm consciência da sua imagem preocupam-se frequentemente com a sua presença nas redes sociais.

Eles são cuidadosos com as fotos que postam, as legendas que escrevem e até mesmo o horário que escolhem para compartilhar suas atualizações.

Eles passarão muito tempo editando fotos para garantir que cada detalhe esteja correto e criarão cuidadosamente sua persona online para projetar uma determinada imagem.

Essa obsessão não é apenas conseguir curtidas e comentários. Essas pessoas tentam apresentar uma versão selecionada de sua vida que corresponda à imagem que desejam retratar.

5) A necessidade de validação constante

No centro da obsessão de muitas pessoas pela imagem está uma profunda necessidade de validação.

É um desejo ter certeza de que eles são bons o suficiente, atraentes o suficiente, bem-sucedidos o suficiente.

Buscam essa validação por meio da aprovação e admiração dos outros. Cada “curtida” em uma postagem nas redes sociais, cada reconhecimento de concordância, cada elogio – tudo serve como forma de validação.

Como alguém que se preocupa muito com as pessoas da minha vida, é difícil ver alguém de quem você gosta nesta situação.

Serve como um lembrete de que todos precisamos praticar o amor próprio e a autoaceitação, e saber que nosso valor não vem da validação externa, mas sim de dentro.

6) Evitar roupas casuais

Sempre fui uma pessoa meio luxuosa. Minhas roupas casuais seriam uma calça jeans e uma camiseta confortável.

Mas para alguns, a ideia de serem vistos em algo menos que uma integração perfeita é impensável.

Lembro-me de uma vez convidar meu amigo para almoçar em um restaurante local.

Ela chegou vestida como se fosse participar de um evento no tapete vermelho. Ela foi movida pelo medo de não parecer elegante ou moderna o suficiente.

Esse comportamento decorre de um profundo medo de ser julgado ou visto como menos que perfeito.

É um forte lembrete de que mesmo escolhas simples, como o que vestir, podem ser carregadas de ansiedade para aqueles que estão preocupados com sua imagem.

7) Preferência por organizações de alto nível

Pessoas obcecadas por imagens tendem a se associar a pessoas ou grupos de destaque.

Eles acreditam que, ao se associarem com pessoas de sucesso, também parecerão ter sucesso.

Isso pode significar ingressar em clubes de elite, participar de eventos de prestígio ou até mesmo citar nomes em entrevistas. O objetivo é aumentar sua autoestima e criar a impressão de que são bem conectados e influentes.

Embora seja natural sentir-se atraído por pessoas de sucesso, é importante construir relacionamentos baseados em conexões genuínas e respeito mútuo, em vez de usá-los como uma forma de melhorar a imagem de alguém.

8) Relutância em mostrar vulnerabilidade

Talvez a característica mais notável das pessoas obcecadas por imagens seja a relutância em demonstrar qualquer tipo de vulnerabilidade.

Eles têm medo de que, ao revelarem seus erros, possam manchar a imagem perfeita que cuidadosamente criaram. Porém, é importante saber que vulnerabilidade não é fraqueza.

É um símbolo de força e autenticidade. Isso nos torna humanos e relacionáveis.

As conexões mais honestas geralmente são formadas quando nos abrimos e mostramos nosso verdadeiro eu, com imperfeições e tudo.

Considerações finais

O que acontece com as pessoas obcecadas com sua imagem é que não é sempre que apenas olhamos para cima.

Por trás das imagens refinadas e dos trajes bem escolhidos está muitas vezes alguém que luta contra os mesmos medos e inseguranças que todos enfrentamos – de uma forma mais visível.

O que pude constatar é o seguinte: a forma como nos apresentamos ao mundo é um reflexo do que tentamos proteger ou do que estamos fazendo por dentro.

Talvez a melhor coisa que possamos fazer não seja julgar, mas dar espaço à autenticidade. Afinal, a comunicação real não se baseia em filtros – mas na compreensão.



Source link

Leave a comment

Inserir Widget Twitter Aqui

CartaIA© é uma empresa L F F LTDA. 32566941000183
Todos os Direitos Reservados a seus respectivos detentores. A CartaIA não é detentora de nenhumas das marcas de cartão ou bandeiras aqui exibidas.

Em caso de dúvidas consulte nossos Termos de uso e Politica de Privacidade