Muitas vezes a vida pode parecer uma corrida sem fim, com pressão constante para alcançar, impressionar e corresponder às expectativas.
Mas e se disséssemos que algumas das coisas que você leva tão a sério estão, na verdade, estressando você e impedindo-o de ter a felicidade e a paz que merece?
Como psicólogo, tenho visto repetidas vezes como a busca pela perfeição ou pela aprovação pode nos deixar exaustos e desconectados do que realmente importa.
Neste artigo, exploraremos 9 coisas que você realmente deveria parar de levar tão a sério – porque a vida é muito curta para ser desperdiçada se preocupando com coisas que não lhe trarão felicidade duradoura.
Prepare-se para se soltar e iluminar um pouco!
1) Opiniões de outras pessoas
Todos nós já passamos por isso – deixando a opinião de outra pessoa ditar nossas ações. É uma armadilha fácil de cair, mas, segundo os psicólogos, devemos evitar.
A verdade é que você não pode agradar a todos. Não importa o que você faça, sempre haverá alguém que o desaprova ou critica. É apenas a natureza humana.
Mas lembre-se, as opiniões deles são apenas isso: opiniões. Não é justo. Eles não definem seu valor ou suas habilidades.
Na próxima vez que você se concentrar no que outra pessoa pensa de você, dê um passo para trás. Pergunte a si mesmo se a opinião deles é importante no grande esquema das coisas.
Se não, desista!
2) Erros
Nunca esquecerei a vez em que tropecei e derramei café na minha camisa nova a caminho de uma importante entrevista de emprego.
Eu me senti mal e tomei isso como um sinal de que o dia seria um desastre.
Mas então me lembrei do que uma psicóloga me disse uma vez: “Erros não são fracassos, são lições”. Este conselho simples me ajudou a mudar completamente minha perspectiva.
Claro, errei um passo e acabei com a camisa manchada de café, mas isso não significa que não poderia ou que a entrevista iria dar errado. Foi um erro simples – acontece com qualquer um.
Na verdade, na entrevista foi um quebra-gelo quando a equipe viu minha camisa manchada e eu compartilhei meu cafezinho rindo.
Precisamos parar de levar nossos erros tão a sério. Eles fazem parte da vida e muitas vezes levam ao crescimento e ao autoaperfeiçoamento.
Então, da próxima vez que você tropeçar (literal ou figurativamente), vá com calma, aprenda com isso e siga em frente!
3) Redes sociais
Nesta era digital, é fácil se deixar levar pelo mundo das curtidas, compartilhamentos e retuítes. Freqüentemente medimos nosso valor pelo número de seguidores que temos ou pela quantidade de engajamento que obtemos.
Mas aqui está algo a considerar: um estudo da Royal Society for Public Health do Reino Unido descobriu que o Facebook, o Instagram, o Snapchat e o Twitter prejudicam a saúde mental dos jovens, sendo o Instagram o pior.
Esses fóruns podem criar um ambiente que estimula sentimentos de inadequação e ansiedade.
Muitas vezes comparamos nossas vidas com os destaques que vemos em nossos feeds, esquecendo que a maioria das pessoas apenas publica seus melhores momentos e raramente compartilha suas lutas.
Então, é hora de parar de levar a sério as mídias sociais.
Use-o para se divertir ou para manter contato com amigos e familiares, mas lembre-se de que isso não define seu valor ou sucesso. O mundo real é muito mais rico do que qualquer representação digital jamais poderá ser.
4) Perfeição
Você já ficou preso em um projeto, verificando cada pequeno detalhe para ter certeza de que está perfeito?
Muitos de nós buscamos a perfeição em vários aspectos de nossas vidas, desde o trabalho até projetos pessoais e até mesmo em nossa aparência.
Mas aqui está o que os psicólogos têm a dizer sobre isso: a perfeição é uma ideia ilegal. Inacessível. E sua busca pode nos atrasar.
Se nos concentrarmos demais na perfeição, podemos acabar perdendo oportunidades de crescer e aprender. Podemos evitar tentar coisas novas ou correr riscos porque temos medo de não fazê-lo com perfeição.
Em vez disso, aceite suas imperfeições e veja-as como oportunidades de crescimento e melhoria. Afinal, é através das nossas imperfeições que realmente aprendemos e evoluímos.
5) O passado
Todos nós já tivemos momentos em nossas vidas em que gostaríamos de poder mudar. Quer se trate de uma oportunidade perdida, de uma decisão errada ou de uma situação ruim, ficar pensando no passado pode nos corroer se permitirmos.
Mas uma conclusão importante do génio é esta: não podemos mudar o passado. Nenhuma decepção ou arrependimento pode mudar o que aconteceu.
O que podemos fazer, no entanto, é aprender com o passado e utilizá-lo para informar as nossas ações atuais e futuras. Em vez de ficarmos presos no ciclo do arrependimento, podemos optar por ver os nossos erros do passado como lições.
É hora de parar de se arrepender e focar em aproveitar ao máximo o momento presente. É o único sobre o qual temos autoridade.
6) Envelhecimento
Existe um certo tipo de medo que acompanha a ideia de envelhecer. Preocupamo-nos em perder a nossa juventude, a nossa saúde e a nossa forma física.
A sociedade alimenta frequentemente este medo, com a constante comercialização de produtos antienvelhecimento e a obsessão pela juventude.
Mas vamos considerar o seguinte: o envelhecimento é uma parte natural da vida. É um processo pelo qual todos os seres vivos passam.
Não é algo a temer, mas sim a abraçar.
Com a idade vem a sabedoria, a experiência e a profundidade do conhecimento que pode ser adquirido ao longo dos anos de vida. Há uma certa beleza e poder no crescimento que muitas vezes é esquecido.
Em vez de temer isso, vamos celebrar a jornada da vida e todo o crescimento e sabedoria que a acompanha. Afinal, cada ano que envelhecemos torna-se mais um ano que tivemos a sorte de viver.
7) Rejeição
Certa vez, me candidatei a um emprego que realmente queria. A entrevista correu bem e eu estava confiante de que conseguiria o cargo.
Então, quando o e-mail de rejeição chegou, foi como um soco no estômago.
Durante dias duvidei das minhas capacidades, senti-me inadequado. No entanto, surgiu outra oportunidade – que se adequava melhor às minhas competências e objetivos profissionais.
Esse é o problema da rejeição: muitas vezes parece pessoal e final, mas geralmente não é. É simplesmente um redirecionamento, um sinal de que algo melhor está próximo.
A rejeição não é uma expressão do nosso valor, mas um passo em direção a algo melhor que nos espera. E às vezes é a melhor coisa que pode nos acontecer.
8) Materiais
Num mundo movido pelo consumismo, é fácil equiparar as coisas materiais à felicidade e ao sucesso. Muitas vezes nos encontramos perseguindo os mais recentes gadgets, carros sofisticados ou casas luxuosas.
Mas a psicologia nos diz que as coisas materiais não equivalem à felicidade a longo prazo.
Claro, eles podem nos trazer felicidade temporária, mas não podem proporcionar a satisfação profunda que vem de relacionamentos significativos, crescimento pessoal ou trabalho significativo.
É bom ter coisas materiais, mas não são tudo e não são a coisa mais importante da vida. No final das contas, são os intangíveis – amor, amizade, experiência – que realmente enriquecem nossas vidas.
9) Controle
A vida é imprevisível. Por mais que queiramos controlar todos os seus aspectos, a verdade é que não podemos. Não podemos controlar o clima, as ações de outras pessoas ou o resultado de muitas situações.
Tentar controlar tudo pode causar estresse e ansiedade. Isso nos rouba a paz e nos impede de aproveitar a vida como ela é.
Então vamos parar de levar o controle tão a sério. Vamos nos concentrar naquilo que podemos controlar – nossas ações, nossas atitudes, nossas respostas. E vamos aprender a abrir mão do que não podemos. É um modo de vida libertador e fortalecedor.
Conclusão: trata-se de percepção
Num mundo que muitas vezes nos encoraja a considerar tudo como garantido, é libertador lembrar que nem todo momento precisa de toda a nossa atenção ou preocupação.
Ao abrir mão de coisas que realmente não importam, você se liberta para se concentrar no que importa: seu bem-estar, seus relacionamentos e sua felicidade.
Portanto, da próxima vez que você se sentir estressado com esses fatores, dê um passo para trás e pergunte-se: isso terá importância daqui a cinco anos?
Caso contrário, você pode querer repensar quanto poder direciona para ele. Você ficará surpreso com o quanto a vida se torna mais gratificante quando você para de levar tudo tão a sério.