Imagine acordar todos os dias com a sensação incômoda de que algo ruim está chegando.

O sol está brilhando, o céu está claro, mas em sua mente? Surgem nuvens de tempestade. É cansativo, não é?

Para algumas pessoas, este não é um sentimento passageiro – é a realidade cotidiana.

Essas pessoas não são apenas “pessoas desesperadas” ou “preocupadas”. Existem certos fatores que os mantêm presos neste ciclo de medo e dúvida.

Mas quais são esses recursos? E por que algumas pessoas parecem programadas para esperar o pior?

Neste artigo, detalharemos os elementos-chave que constituem essa forma de pensar e detalharemos a psicologia por trás dela.

Se você já se sentiu assim – ou conhece alguém que já se sentiu – você está prestes a ter uma nova perspectiva sobre tudo.

1) Eles são pensadores excessivos

Você conhece aquelas pessoas que conseguem transformar qualquer situação em um desastre completo em sua mente?

Essas pessoas tendem a pensar demais.

Eles não podem simplesmente deixar as coisas acontecerem; eles selecionam cada detalhe, analisam cada resultado e, na maioria das vezes, concentram-se nos piores casos.

Esse pensamento excessivo pode vir de um sentimento de ansiedade ou medo, e é como se sua mente estivesse em uma roda de hamster que não para de girar. É um ciclo debilitante, mas é normal para eles.

O resultado? Uma sensação persistente de destruição iminente, mesmo quando não há ameaças ou perigos.

A mente deles já avançou e criou uma série de desastres imaginários esperando para acontecer.

Viver neste estado de hipervigilância pode ser desgastante – mental, emocional e até fisicamente.

2) Eles se esforçam para viver no presente

Lembro-me de uma época em que estava me preparando para uma grande apresentação no trabalho.

Em vez de me concentrar na tarefa que tinha em mãos, a minha mente estava noutro lugar, emaranhada numa teia de “e se”.

E se eu esquecer minhas falas? E se eles não gostarem das minhas ideias? E se esta apresentação arruinar minha carreira?

Esta preocupação constante com o futuro é um sintoma comum entre aqueles que se sentem abandonados pela vida.

Eles acham um desafio viver nesta era moderna.

Suas mentes são frequentemente consumidas por preocupações do futuro ou arrependimentos do passado.

Eles lutam para aproveitar a vida no presente porque estão muito ocupados preocupando-se com o que pode acontecer a seguir ou concentrando-se no que já aconteceu.

Esta incapacidade de se concentrar no presente aumenta a sua sensação de destruição iminente porque estão sempre à espera de um desastre.

É como se vivessem em constante estado de ‘lutar ou fugir’, o que aumenta ainda mais a ansiedade.

3) Eles têm uma alta sensibilidade à incerteza

Você sabia que o cérebro humano está programado para preferir a certeza? Mesmo um resultado ruim pode ser mais confortável de lidar do que não saber o que vai acontecer.

Essas pessoas tendem a ter extrema aversão à incerteza.

A ideia de não saber o que está por vir pode levá-los a um estado de ansiedade e medo.

Sua mente muda automaticamente para o pior cenário quando confrontados com situações ambíguas.

Esta sensibilidade elevada pode levá-los a evitar completamente situações incertas, limitando o seu conhecimento e potencialmente levando-os a perder oportunidades.

4) Seu viés de negatividade está em alta

Até certo ponto, estamos todos ligados a preconceitos negativos – é um mecanismo de sobrevivência adaptativo.

Isso significa que temos mais probabilidade de lembrar e reagir a experiências negativas do que positivas.

Mas para estas pessoas, estes preconceitos negativos são muitas vezes levados ao extremo.

Eles tendem a se concentrar demais nos aspectos negativos da vida e a prestar menos atenção aos positivos.

Esta visão distorcida pode levá-los a esperar o pior em cada situação.

Esta antecipação constante do desastre aumenta a sua sensação de destruição iminente, criando um ciclo que pode ser difícil de quebrar.

O seu mundo está frequentemente cheio de desesperança e ansiedade, o que pode fazer com que a vida quotidiana pareça uma luta constante.

5) Eles costumam mostrar sinais físicos de estresse

Aqueles que temem constantemente o pior muitas vezes apresentam sinais físicos de depressão.

Isso pode variar desde dor de cabeça e dor de estômago até sintomas mais graves, como palpitações cardíacas ou falta de ar.

A resposta do corpo à preocupação e ao medo crônicos pode causar essas manifestações físicas de estresse.

É a forma que o corpo encontra de sinalizar que algo está errado.

Este estado constante de maior consciência pode levar a muitos problemas de saúde se não for controlado, reforçando ainda mais a sua crença de que o desastre está sempre ao virar da esquina.

É um ciclo vicioso do qual pode ser difícil sair.

6) Eles desejam o controle, mas sentem que nem sempre é alcançável

Muitas vezes desejam estar no controle de suas vidas, mas sentem que isso está sempre muito longe.

Esta incapacidade de controlar os resultados ou de prever o futuro pode alimentar a sua sensação de destruição iminente.

Seu desejo de controle decorre do desejo de evitar consequências negativas.

Porém, quanto mais tentam controlar tudo, mais descontrolados tendem a se sentir.

Esta situação complicada pode ser dolorosa.

É como estar preso em um turbilhão de ansiedade e medo, ansiando por algo sólido para se agarrar.

7) Eles lutam contra a autoconfiança

Eu costumava me olhar no espelho e ver uma pessoa que nunca estava pronta. Não importa o quanto eu tentasse, sempre senti que estava errado.

A dúvida pode alimentar sentimentos de inadequação e medo do fracasso.

Estas pessoas muitas vezes acreditam que não conseguem lidar com os desafios da vida, o que aumenta a sua sensação de destruição iminente.

Eles podem pensar que não merecem a felicidade ou o sucesso, ou que estão destinados ao fracasso.

Essa autoimagem negativa pode aumentar o medo do futuro e perpetuar o ciclo de rejeição e escuridão.

Viver com uma sensação constante de destruição iminente requer um certo nível de força e resiliência.

Eles tiveram que se adaptar à sensação de nervosismo e, apesar do cansaço, continuam.

Esta resiliência não elimina a sensação de destruição iminente, mas permite-lhes suportá-la.

Eles podem parecer frágeis por causa de suas constantes preocupações e medos, mas por baixo dessa superfície existe uma força que muitas vezes é esquecida.

Na verdade, a sua luta pode parecer enfraquecê-los, mas em muitos aspectos, também os torna mais fortes.

É uma fresta de esperança inesperada que parece monótona.

9) Eles têm um alto senso de empatia

Caminhar com uma sensação constante de destruição iminente muitas vezes significa estar em alto grau com suas emoções.

Essa consciência emocional elevada pode se estender a outras pessoas, levando a um sentimento mais forte de empatia.

Essas pessoas podem dar como certo os sentimentos e as lutas das pessoas ao seu redor.

Eles podem ser muito sensíveis aos sentimentos dos outros e muitas vezes oferecem conforto ou apoio rapidamente.

Embora esta sensibilidade possa ser uma característica positiva, também pode aumentar a sua sensação de abandono se carregarem demasiado o fardo dos sentimentos de outras pessoas.

É um equilíbrio delicado que muitas vezes acham difícil manter.

Uma nota esperançosa para lembrar

Viver com uma sensação constante de destruição iminente pode ser uma experiência assustadora, mas é importante lembrar que sempre há esperança.

Pessoas que se sentem assim muitas vezes encontram força nos lugares mais inesperados.

Eles encontram uma resiliência que não sabiam que tinham, uma empatia que aumenta a compreensão dos outros e uma resiliência que os surpreende.

Uma citação que aborda profundamente este tópico foi escrita pelo autor Haruki Murakami:

“E quando a tempestade passar, você não vai se lembrar de como passou, de como conseguiu sobreviver. Você nunca pode ter certeza, mesmo que a tempestade realmente tenha passado. Mas uma coisa é certa. Quando você sair da tempestade, você não será como a pessoa que entrou.”

É um lembrete de que mesmo que pareça que a tempestade nunca vai passar, a mudança é a única constante na vida.

E embora seja normal sentir-se assustado e oprimido, também é importante lembrar que há ajuda disponível.

Profissionais de saúde mental, grupos de apoio, entes queridos – estão todos lá para ajudar a enfrentar esta tempestade.

Assim como os furacões mudam a paisagem, suportar uma sensação constante de destruição iminente pode moldá-lo – mas não defini-lo. Faz parte da sua jornada, não do seu destino.



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