Durante anos, me considerei um honrado juiz de caráter.
Ele conhecia o tipo – alguém que pudesse ler as pessoas com confiança como um livro, prever suas ações, entender suas motivações e descobrir o que as motiva.
Mas mais tarde percebi que não era tão fácil.
Olá, sou Lachlan Brown, fundador do Hack Spirit e entusiasta da psicologia.
Não é que minhas ideias estivessem sempre erradas — às vezes elas simplesmente não faziam sentido. Mas de vez em quando eu me pegava julgando mal as pessoas, o que me fazia pensar: o que eu estava fazendo de errado e por quê?
Essa constatação despertou minha curiosidade, levando-me a me aprofundar na psicologia para entender por que fazemos as coisas que os outros pensam — e com que frequência eles erram o alvo.
O que aprendi foi uma revelação: embora algumas suposições possam ser verdadeiras, muitas são baseadas em preconceitos e informações incompletas.
Neste artigo, compartilharei sete coisas importantes que não devemos pensar nos outros. Esses insights mudaram a maneira como falo com as pessoas e espero que eles possam fazer o mesmo por você.
Vamos mergulhar.
1) Todo mundo pensa da maneira que você pensa
Este foi meu primeiro pensamento que foi dissipado pela psicologia.
Tendemos a acreditar que a nossa visão é “normal” e esperamos que os outros vejam o mundo como nós. Bem, faz sentido para nós, certo?
Mas o problema é o seguinte: cada pessoa tem um conjunto diferente de experiências, crenças e valores que moldam sua perspectiva. Eles podem ver as coisas de maneira completamente diferente de você.
Essa constatação me atingiu com força. Sempre esperei que as pessoas reagissem da mesma forma que eu reagiria a uma determinada situação e, quando isso não aconteceu, fiquei frustrado ou confuso.
Ler isso me levou a começar a ouvir mais. Em vez de pensar que sabia o que alguém estava pensando ou sentindo, comecei a fazer perguntas, tentando entender melhor o seu ponto de vista.
E foi uma virada de jogo no meu relacionamento.
2) O comportamento das pessoas é um reflexo do seu caráter
Eu acreditava que as ações de uma pessoa são um reflexo direto de quem ela é em sua essência.
Lembro-me de um incidente com um colega de trabalho que costumava ser amigável e cooperativo. Um dia, ele foi inesperadamente rude e rude. Imediatamente o chamei de “travesso” e “amigável”.
Mas então aprendi sobre o conceito de “erro fundamental de atribuição”.
Este é um termo cunhado pelo psicólogo Lee Ross, que descreve a nossa tendência de atribuir o comportamento das pessoas ao seu caráter, ignorando a influência das suas circunstâncias.
Na verdade, um amigo meu estava passando por um divórcio difícil na época. Seu comportamento não era um reflexo de seu caráter, mas uma reação às circunstâncias.
Compreender isso pode torná-lo mais empático e não crítico.
3) Sucesso é igual a felicidade
Durante muito tempo, acreditei que as pessoas de sucesso são naturalmente muito felizes.
Eu acreditava que se uma pessoa é rica, famosa ou muito bem-sucedida, ela deve estar satisfeita e satisfeita com a vida.
Aqui está um exemplo: meu melhor amigo conseguiu um emprego bem remunerado em uma empresa de tecnologia de ponta. Ele teve sucesso de todas as maneiras usuais.
Mas apesar de suas conquistas e riqueza, ele estava profundamente infeliz em sua vida pessoal.
Isso me assustou.
Ao me aprofundar neste tema, aprendi que a felicidade depende de certas coisas e geralmente não está relacionada com status social ou riqueza. O que traz felicidade para uma pessoa pode não trazer a mesma felicidade para outra.
O sucesso não é um caminho seguro para a felicidade.
Eu costumava pensar que quanto mais amigos eu tivesse, melhor seria minha vida de relacionamento.
Mas com o tempo, percebi que não se trata de quantidade, mas de qualidade.
Não se trata de quantos amigos você tem, mas da profundidade do relacionamento que você compartilha com eles. Alguns relacionamentos profundos e significativos podem ser mais satisfatórios do que cem vícios.
Então aqui vai uma dica prática: em vez de tentar aumentar o número de amigos, invista tempo e esforço no aprofundamento dos relacionamentos existentes.
Conheça seus amigos em um nível mais profundo. Compartilhe seus sonhos, medos e desejos com eles e convide-os a fazer o mesmo.
5) Extrovertidos são egoístas por natureza
Lembro-me de uma época em que, em matéria de entretenimento, costumava conhecer pessoas que eram livres e poderosas nas conversas. Muitas vezes me peguei pensando que eles só se importavam consigo mesmos.
Mas então me deparei com uma citação do famoso psicólogo Carl Jung:
“O encontro de duas pessoas é como o contato de duas substâncias químicas: se houver reação, ambas se alteram.”
Isso me fez perceber que a comunicação é sempre uma via de mão única. As pessoas extrovertidas que conheci não eram egocêntricas – elas expressavam a sua natureza oculta.
Como não intimidador, comecei a compreender que assim como me expresso através da escuta e da observação, os fanáticos também se expressam através da fala e da partilha.
Não se tratava de pensar em si mesmos, mas em como processavam seus pensamentos e sentimentos.
Só porque alguém está namorando, não significa que você esteja interessado apenas nele. Eles são simplesmente fiéis ao seu tipo de personalidade e todos nós temos nossas próprias maneiras únicas de interagir com o mundo.
6) Pessoas quietas não têm amigos
Assim como os extrovertidos podem ser confundidos com os introvertidos devido à sua natureza extrovertida, as pessoas quietas são frequentemente rotuladas como indiferentes ou hostis.
No entanto, a única ressalva é quantos introvertidos vagam em ambientes sociais.
Enquanto os extrovertidos processam seus pensamentos por meio de conversas, os introvertidos tendem a preferir refletir internamente antes de falar.
O seu silêncio não é falta de interesse – é uma forma diferente de se relacionar com o mundo.
Os introvertidos tendem a ouvir e observar, absorver informações antes de compartilhar seus detalhes, o que pode tornar suas contribuições ponderadas e significativas.
Eles tendem a prosperar em conversas pessoais profundas, em vez de em ambientes de grupo, onde podem se sentir mais privados.
7) As pessoas não mudam
Eu acreditava que as pessoas são determinadas em seus caminhos e não podem mudar. Mas o estudo que encontrei desafiou essa suposição.
Conduzida por Roberts, Walton e Viechtbauer (2006), a pesquisa mostra que os traços de personalidade não são fixos ao longo do tempo.
A sua meta-análise de estudos longitudinais revelou que características como afabilidade, consciência e estabilidade emocional tendem a aumentar com a idade, sugerindo que as pessoas podem tornar-se mais estáveis emocionalmente e agradáveis ao longo do tempo.
Essa constatação foi um alerta para mim. Isso me fez entender que a mudança, embora difícil, é possível.
Da próxima vez que você achar que alguém não pode mudar, lembre-se: as pessoas têm capacidade de crescer e mudar em qualquer fase da vida.
Fonte: ResearchGate
A conclusão
À medida que navegamos nos relacionamentos e nas interações, é importante lembrar que nossas suposições, por mais bem-intencionadas que sejam, costumam ser imperfeitas.
O que vemos na superfície raramente conta toda a história.
As pessoas são moldadas por suas experiências, motivações e personalidades únicas, que estão em constante mudança.
Ao abordar os outros com curiosidade em vez de julgamento, abrimo-nos a uma compreensão e conexão mais profundas.
Em última análise, a capacidade de reconhecer os nossos próprios preconceitos e ajustar os nossos pontos de vista é um passo poderoso para a construção de relacionamentos significativos e compassivos.