Há algo incrivelmente poderoso na música. Tem essa incrível capacidade de alcançar nossas almas e evocar emoções que nem sabíamos que existiam. E para alguns de nós, esses sentimentos são tão fortes que nos levam às lágrimas.
Não estou falando de uma única lágrima escorrendo pelo seu rosto durante uma música dolorosa. Estou me referindo àquele choro total que surge quando uma determinada música ou música simplesmente atinge você.
Agora, você pode estar se perguntando por que isso está acontecendo. Por que algumas pessoas choram abertamente num concerto, enquanto outras permanecem em silêncio? É um sinal de fraqueza ou sensibilidade? É uma indicação de instabilidade emocional?
Bem, como alguém que muitas vezes se vê enxugando as lágrimas durante apresentações dolorosas, passei muito tempo refletindo sobre essas questões.
E o que descobri pode surpreendê-lo.
O artigo a seguir discute as características mais comuns encontradas em pessoas que choram frequentemente ao ouvir música.
E deixe-me dizer, não é o que você esperaria.
1) Alta empatia
No fundo dos nossos corações existe este espaço único que a música parece preencher e complementar. E para aqueles de nós que muitas vezes ficam tristes, é uma experiência emocional difícil de expressar em palavras.
Aqueles de nós que muitas vezes são levados às lágrimas pela música tendem a ter altos níveis de empatia. Não ouvimos apenas a música, nós a ouvimos. Cada nota, cada lambida, parece pessoal e profunda.
É como se tivéssemos essa capacidade interior de nos conectarmos com as emoções expressas em uma música. Seja felicidade, tristeza, saudade ou amor, sentimos tudo profunda e pessoalmente.
E não se trata apenas de música. Esta sensibilidade elevada muitas vezes se espalha para outras áreas da nossa vida, permitindo-nos compreender profundamente e partilhar os sentimentos dos outros.
Então, da próxima vez que você ficar triste no meio de uma música, lembre-se: não é uma fraqueza, mas uma prova de sua incrível capacidade de empatia.
2) Autoexame profundo
Junto com a grande compaixão, há outra qualidade que parece ressoar em nós, amantes da música que não choram. Essa característica é a introspecção profunda, do tipo que muitas vezes nos leva a formas mais profundas de pensar.
Por exemplo, quando ouço músicas que acionam meus canais lacrimais, geralmente são elas que me fazem pensar sobre minha vida, minhas escolhas, meus relacionamentos e, às vezes, até grandes questões cósmicas.
Há uma música – ‘Hallelujah’ de Leonard Cohen. Bela arte que sempre traz lágrimas aos meus olhos. A música “It’s Cold and Broken Hallelujah” sempre me atinge.
Pego-me pensando nas provações e tribulações da vida, nos altos e baixos e em tudo o mais.
A música me lembra de tempos de luta pessoal e da tenacidade necessária para me responsabilizar. Isso me reconecta com a parte de mim que tendo a negligenciar na agitação da vida cotidiana.
3) Abertura à experiência
A abertura à experiência é um traço de personalidade que frequentemente compartilhamos. Trata-se de estar aberto ao mundo que nos rodeia, mas também ao nosso mundo interior de pensamentos e sentimentos.
A música, com a sua misteriosa capacidade de expressar o misterioso, dá-nos uma forma de explorar esta profundidade.
Esta abertura não se limita à música. Estende-se a todo o nosso caminho em direção à saúde. Tendemos a ser curiosos, dispostos a explorar novas ideias e experiências e confortáveis com a ambiguidade ou a incerteza.
Portanto, se você é alguém que chega às lágrimas com uma sinfonia ou uma balada comovente, pode estar mais aberto à experiência do que outros. E isso é algo realmente especial.
4) Alta sensibilidade
Você pode não perceber isso, mas as lágrimas derramadas durante apresentações musicais não são apenas uma resposta emocional. São também reações corporais, evidências da sensibilidade do nosso sistema nervoso.
Aqueles de nós que tendem a ficar com os olhos marejados ao ouvir música tendem a ter o que os psicólogos chamam de “personalidade altamente sensível”. Na verdade, estudos mostram que cerca de 20% das pessoas podem ser classificadas como pessoas altamente sensíveis (PAS).
As PAS estão mais conscientes das sutilezas de seu ambiente e possuem um processamento cognitivo mais profundo de estímulos físicos, sociais e emocionais. Isso significa que eles tendem a ouvir mais música do que outros, o que leva a fortes respostas emocionais, como lágrimas.
Sempre fui uma pessoa que sentia as coisas profundamente, fosse o clima da sala ou os sentimentos das pessoas ao meu redor. E quando se trata de música não é diferente.
Harmonias complexas, delicada interação de notas, emoções cruas na voz do cantor – tudo às vezes toma conta de mim com uma força irresistível.
E é exatamente isso que nos permite vivenciar a música de uma forma tão rica e profunda.
5) Inteligência emocional
A inteligência emocional consiste em reconhecer, compreender e gerenciar nossas próprias emoções e as emoções dos outros. Trata-se de ser capaz de navegar no complexo mundo das emoções com graça e compreensão.
Para aqueles de nós que muitas vezes nos emocionamos com a música, nossa inteligência emocional costuma ser superior à média. Afinal, a música é a linguagem das emoções. Transmite sentimentos que as palavras geralmente não conseguem captar.
Essa capacidade de compreender e se conectar com as emoções vai além da música. Ajuda-nos a examinar nossos relacionamentos, nosso trabalho e nosso mundo interior com mais compreensão e compaixão.
6) Sensibilidade estética
Aqueles de nós que muitas vezes são levados às lágrimas pela música tendem a ter um aguçado senso de sensibilidade estética. Somos nós que paramos para admirar um lindo pôr do sol, que nos perdemos nas cores de uma pintura, que encontramos beleza nos momentos simples da vida.
Vejamos o exemplo de “Clair de Lune” de Debussy. Cada vez que ouço, sou transportado para outro mundo. Notas suaves de piano, como gotas de luar, pintam um quadro calmo que toca meu coração e traz lágrimas aos meus olhos. Não é apenas uma peça musical para mim, mas uma bela criação que me toca profundamente.
Esta sensibilidade estética é um dom que enriquece a nossa vida e amplia o nosso conhecimento. Permite-nos ver a beleza onde outros não conseguem e sentir as emoções com mais clareza.
7) Autenticidade
Autenticidade significa sermos fiéis a nós mesmos, aceitarmos nossos sentimentos e não termos medo de mostrar nossas fraquezas.
Aqueles de nós que muitas vezes choram por causa da música muitas vezes são verdadeiros. Não temos medo de deixar transparecer nossos sentimentos, deixar a música tocar nossa alma e expressar o que sentimos.
Essa sinceridade vai além da nossa resposta à música. Ela permeia nossa vida diária, orientando nossas ações e interações com os outros. Não temos medo de ser nós mesmos, mesmo que isso signifique nos destacar na multidão ou ir contra a corrente.
Então, se você é o tipo de pessoa que muitas vezes se pega enxugando as lágrimas quando uma determinada música toca, tenha orgulho de sua autenticidade. É uma característica rara e importante num mundo onde muitos usam máscaras.
8) O poder da comunicação profunda
Aqueles de nós que muitas vezes chegam às lágrimas com a música têm uma capacidade incrível de formar conexões profundas. Não só com a música, mas com as pessoas, com a natureza, com a arte e, o mais importante, connosco.
A música é uma ponte que nos conecta às nossas emoções.
Essa capacidade de conexão profunda vai além da música. Ajuda-nos a construir relacionamentos significativos e a viver uma vida plena. Somos capazes de nos conectar em um nível mais profundo com aqueles que nos rodeiam e compreender melhor nossas emoções.
Aceitando seus recursos exclusivos
Se você sentir essas características, provavelmente estará entre aqueles que ouvem música em um nível emocional profundo. Não se trata apenas das lágrimas, trata-se da profundidade da conexão, da empatia intensificada e do rico mundo interior que você habita.
Isto não é um sinal de fraqueza ou sensibilidade excessiva. Pelo contrário, é uma prova da sua capacidade de emoções e comunicação profundas. É uma forma diferente de vivenciar o mundo que permite construir relacionamentos mais profundos e viver uma vida mais rica.
O famoso filósofo Friedrich Nietzsche disse certa vez: “Sem música, a vida seria um erro”. Para aqueles de nós que muitas vezes nos emocionamos com a música, esta citação soa especialmente verdadeira.
A música não é apenas uma parte de nossas vidas, é uma parte importante do nosso estado emocional.
Então, se você é o tipo de pessoa que muitas vezes se pega enxugando as lágrimas quando uma determinada música toca, anime-se. Você não está sozinho. Você faz parte de um grupo único de pessoas que curtem a vida e boa música. E isso é uma coisa muito boa.
É hora de adotar esse recurso. Comemore sua profundidade emocional. Não é um obstáculo, mas uma força que lhe permite navegar pelo mundo com compaixão e compreensão.