Envelhecer é inevitável, mas ser um eremita nos anos dourados? Agora, isso é uma escolha.
Há algo muito atraente na vida solitária, especialmente depois de anos de agitação.
Mas uma vida de completo isolamento? Nem tanto.
Você pode estar desfrutando de paz e tranquilidade agora, pensando que esta é a vida que deseja. Mas acredite em mim, quando a novidade passa, pode ser solitário.
E geralmente não é uma decisão que você toma da noite para o dia. É um processo gradual, auxiliado por certos hábitos que o empurram ainda mais para fora da sua concha.
Veja como identificar aqueles hábitos que levam você a uma vida secreta, mesmo que no momento possa parecer uma boa ideia.
Porque, sejamos realistas, nenhum de nós quer ficar sozinho no longo prazo.
1) Ficar na sua zona de conforto
Há um certo conforto em se ater ao que você sabe. Mas o problema é o seguinte: as zonas de conforto podem se transformar em terra de ninguém, especialmente à medida que você envelhece.
Você já percebeu como seu mundo parece encolher à medida que você envelhece?
Não é a idade que faz isso, são os nossos hábitos. Tendemos a nos ater a rotinas, lugares e pessoas.
Resistimos à mudança e evitamos tentar coisas novas.
Mas aqui está o problema: quanto mais nos apegamos às nossas zonas de conforto, mais sozinhos ficamos.
Perdemos novas experiências, novas pessoas e novas oportunidades.
Então experimente algo novo, conheça novas pessoas, visite novos lugares.
Pode ser desconfortável no começo, mas acredite, no final vale a pena.
Não deixe que seus hábitos o prendam à solidão.
2) Procedimentos rígidos
Falando por experiência própria, a rotina pode ser uma bênção e uma maldição.
Eles ajudam a estruturar nossas vidas, mas também podem ser incrivelmente limitantes.
Eu tive uma rotina durante anos. Acorde, vá trabalhar, volte para casa, assista TV, durma, repita.
Era seguro, previsível e confortável. Mas também foi incrivelmente solitário.
A princípio não percebi, mas minha agenda foi mudando aos poucos e fui uma vítima.
Não tinha tempo para encontros espontâneos com amigos ou viagens para fora da cidade. Eu estava preso em meu próprio mundinho.
A virada aconteceu quando um amigo me convidou para uma escapadela de fim de semana em cima da hora.
Quase recusei porque não fazia parte da minha rotina.
Mas algo me fez dizer sim. Aquele fim de semana foi um dos melhores da minha vida.
A partir daí, fiz um esforço consciente para romper com minha rotina rígida.
Comecei a dizer sim para mais coisas, mesmo que elas entrassem em conflito com minha programação normal.
Albert Einstein disse uma vez: “A vida é como andar de bicicleta. Para manter o equilíbrio, você precisa continuar se movendo.”
Essa citação sempre ressoou em mim, mas não apenas no sentido físico. Acredito que isso também se aplica à nossa vida social.
Veja, é fácil começar a recusar convites à medida que envelhecemos.
Podemos preferir uma noite tranquila em casa a uma noitada com amigos. Podemos escolher um livro em vez de uma festa. E tudo bem, às vezes.
Mas se começarmos a rejeitar a interacção social com mais frequência, estaremos a preparar-nos para uma vida de isolamento.
Pense numa bicicleta que está sempre estacionada na garagem, nunca usada. Eventualmente, ele perde seu propósito.
É o mesmo para nós. Quando nos isolamos da interação social, começamos a perder a conexão com o mundo que nos rodeia.
Tornamo-nos indivíduos e não como as criaturas sociais que somos.
4) Negligenciar sua saúde
Você sabia que a solidão pode ser tão perigosa para a saúde quanto fumar 15 cigarros por dia?
A verdade. Estudos demonstraram que o isolamento social pode aumentar o risco de doenças cardíacas, derrames e até morte prematura.
Bem, não estou dizendo que você precisa começar a festejar todas as noites para se manter saudável.
Mas é importante perceber que a nossa vida social desempenha um papel importante na nossa saúde geral.
Negligenciar a saúde não significa apenas comer bem ou não fazer exercícios.
Significa negligenciar sua vida social novamente.
Se você pular a socialização porque está muito cansado ou não se sente bem, talvez seja hora de dar uma olhada em toda a sua vida.
Talvez seja hora de começar a frequentar a academia com mais frequência ou talvez seja hora de mudar sua dieta.
Seja o que for, certifique-se de cuidar de sua saúde física para sustentar sua vida social.
5) Falta de crescimento pessoal
O crescimento e desenvolvimento pessoal é um processo que dura a vida toda.
Não termina quando atingimos uma certa idade, ou quando nos aposentamos, ou quando os filhos nascem.
Na verdade, é quando paramos de crescer que começamos a regredir.
Começamos a sentir que já vimos tudo, fizemos tudo. Perdemos a curiosidade pelo mundo, a sede de conhecimento.
E é aqui que começamos a nos separar. Paramos de sair, paramos de conhecer pessoas, paramos de aprender coisas novas.
Já vi isso acontecer com pessoas ao meu redor.
Eles chegam a um certo ponto da vida em que simplesmente param de crescer. E aos poucos eles começaram a se afastar da sociedade.
Mas aqui está a boa notícia: não precisa ser assim.
Ao continuar a desafiar-se, aprender coisas novas e ultrapassar os seus limites, você pode continuar a crescer e a desenvolver-se como pessoa, independentemente da sua idade.
6) Ignorar as coisas que você ama
Interesses, hobbies, paixões – como quer que você os chame, são eles que nos tornam quem somos. São eles que nos conectam ao mundo que nos rodeia e a outras pessoas com interesses semelhantes.
Percebi que, à medida que as pessoas envelhecem, elas tendem a colocar seus interesses em segundo plano.
É como se acreditassem que envelhecer significa desistir das coisas que amam fazer.
Mas não são estes interesses partilhados que muitas vezes desencadeiam as conversas e ligações mais satisfatórias? Não é através destas paixões partilhadas que encontramos as nossas nações?
Se ignorarmos os nossos interesses, limitamos as nossas oportunidades de nos conectarmos com as pessoas.
Sentimos falta de conhecer pessoas que pensam como nós e amigos em potencial.
Se você passa mais tempo sozinho do que gostaria, procure hobbies.
Você ainda os segue? Você ainda mantém contato com outras pessoas que compartilham os mesmos interesses que você?
Caso contrário, é hora de tirar o pó da guitarra ou pegar o pincel novamente.
Redescubra suas paixões e use-as como uma ferramenta para se conectar com outras pessoas.
7) Negligenciar relacionamentos
Todos nós já ouvimos o ditado: “São precisos dois para dançar o tango”. O mesmo acontece com a manutenção do nosso relacionamento – é uma via de mão dupla.
Já vi boas amizades desmoronarem porque a outra pessoa não fez nenhum esforço para se aproximar ou se aproximar.
Tenho visto laços familiares estreitos prejudicados por longos silêncios e mensagens negligenciadas.
À medida que envelhecemos, é fácil ficarmos presos em nossas vidas e negligenciarmos nossos relacionamentos.
Podemos pensar que nossos amigos e familiares estarão sempre presentes, mas a verdade é que os relacionamentos precisam ser cultivados.
Se você passa muito tempo sozinho, pode não estar fazendo nenhum esforço para manter seu relacionamento.
Mas o problema é o seguinte: nunca é tarde para se reconectar.
Conecte-se com aquele velho amigo com quem você não fala há anos.
Ligue para seu irmão só para conversar. Mande uma mensagem para um ex-colega de trabalho e tome um café.
Mantenha suas conexões fortes e você sempre terá pessoas próximas a você.
8) Medo da mudança
A mudança faz parte da vida. É inevitável, permanente e muitas vezes assustador.
Mas também é o que mantém a vida interessante.
Descobri que, à medida que as pessoas envelhecem, tendem a temer mudanças.
Eles se apegam ao que lhes é familiar e evitam qualquer coisa nova ou diferente.
Mas este medo da mudança pode levar à estagnação e ao isolamento.
Se você sempre faz as mesmas coisas, vê as mesmas pessoas e vai aos mesmos lugares, seu mundo pode se tornar muito pequeno e solitário.
Abraçar a mudança significa abrir-se para novas experiências, novas pessoas e novas formas de pensar.
Significa sair da sua zona de conforto e desafiar-se.
Pode ser assustador no início, mas também é divertido e gratificante. É o que nos mantém crescendo e nos desenvolvendo como indivíduos.
Portanto, se você quiser evitar ser um ditador à medida que envelhece, diga adeus ao hábito de temer mudanças.
Abrace o desconhecido, corra riscos e continue explorando este mundo incrível em que vivemos.
Porque a vida é muito curta para viver numa concha.
Abraçando seus anos dourados
O caminho para a solidão costuma ser lento e gradual, repleto de hábitos que nem percebemos que estão nos levando até lá.
Mas nunca é tarde para mudar de rumo.
Comece reconhecendo esses hábitos.
Você está preso na sua zona de conforto? Você está negligenciando sua saúde ou relacionamentos? Você está ignorando suas paixões e temendo mudanças?
Dê um passo para trás e pense no seu estilo de vida. O que você mudaria? O que você pode melhorar?
Não se trata de fazer grandes mudanças da noite para o dia.
Trata-se de dar passos pequenos e consistentes em direção a uma vida social e gratificante.
Portanto, continue avançando, continue crescendo, continue se conectando com outras pessoas.
Não deixe que seus anos dourados sejam definidos pela solidão e pelo isolamento.
Afinal, envelhecer não significa que você está velho.
Significa ser flexível, adaptar-se e continuar a viver uma vida que é exclusivamente sua.
E quem sabe? Você pode descobrir que os anos dourados são os melhores anos da sua vida.