Existe uma enorme lacuna entre viver a vida de acordo com as opiniões dos outros e abraçar a alegria de não se importar com o que eles pensam.
A chave está no equilíbrio. Preocupar-se constantemente com o que os outros pensam pode ser debilitante, mas ignorá-lo completamente pode levar ao isolamento.
Dominar a arte de não se importar com a opinião dos outros não é ser descuidado ou egoísta. Trata-se de escolher sua própria felicidade em vez de estresse e ansiedade desnecessários.
Neste artigo, compartilharei com você 8 maneiras simples de ajudá-lo a viver uma vida que não é ditada por outras pessoas e mais sobre suas regras. Porque no final das contas a vida é sua e cabe a você torná-la divertida.
Vamos começar.
1) Conheça o engano
Existe uma regra tácita na vida da qual muitas vezes somos vítimas: a necessidade de nos conformarmos às normas sociais.
Esta pressão para nos conformarmos pode ser avassaladora, fazendo com que nos concentremos nas opiniões dos outros e deixemos que eles ditem as nossas ações. Mas aqui está o segredo: é tudo uma ilusão.
A verdade é que as pessoas estão muito focadas em suas próprias vidas para sempre julgarem a sua. O efeito holofote, termo cunhado por psicólogos, descreve esse fenômeno. Tendemos a acreditar que somos o centro das atenções quando, na realidade, todos estão ocupados com suas próprias vidas.
Então, da próxima vez que você se preocupar com o que os outros podem pensar de você, lembre-se disso: a maioria das pessoas está ocupada demais com suas próprias vidas para sempre prestar atenção na sua.
Aceitar isso pode libertá-lo da armadilha mental das opiniões alheias e ajudá-lo a se concentrar no que realmente importa: sua própria felicidade. Mas lembre-se, deve ser um reconhecimento genuíno para evitar o autoengano.
2) Abrace sua personalidade
Lembro-me de uma época em que tinha medo de tomar decisões só porque estava preocupado com o que os outros diriam. Cheguei ao ponto em que vivi minha vida baseada nas expectativas dos outros e não nos meus próprios desejos.
Um dia resolvi desenhar, algo que sempre quis fazer. Eu não era nenhum Picasso, mas isso me trouxe uma grande alegria. O problema? Alguns dos meus amigos não ‘entenderam’. Eles consideraram isso uma perda de tempo e não hesitaram em expressar seus pensamentos.
No início, suas opiniões foram chocantes. Até pensei em desistir. Porém, percebi que essa era a minha vida e desenhar era divertido. Foi então que me dei conta: eu era diferente, e minhas escolhas também.
Aceitar minha humanidade me permitiu desfrutar do meu amor sem medo de julgamento. Não se tratava de provar que os outros estavam certos ou errados; tratava-se de ser verdadeiro comigo. E ao fazer isso, aprendi a capacidade de não me importar com o que os outros pensam.
Lembre-se disso: as pessoas sempre terão opiniões. Mas são apenas isso: opiniões, não fatos. Não deixe que eles ofusquem sua personalidade e a felicidade que vem com ela.
3) Compreenda a imperfeição das ideias
O mundo está sempre mudando, assim como a opinião das pessoas. Um dia eles podem te elogiar, no dia seguinte eles podem te criticar. Esse fluxo constante pode ser exaustivo e prejudicial à saúde mental.
Na filosofia grega antiga, Heráclito era famoso por dizer: “Ninguém pisa duas vezes no mesmo rio, porque não é o mesmo rio e não é a mesma pessoa”. Esta citação capta perfeitamente a essência da mudança – é inevitável e irreversível.
Aplicar isso às opiniões das pessoas pode ser libertador. Saber que o elogio de hoje pode se transformar na crítica de amanhã ajuda a colocar as coisas em perspectiva. Lembra-nos que é inútil basear a nossa confiança e felicidade em algo tão passageiro como as opiniões dos outros.
Em vez disso, concentre-se naquilo que você pode controlar – suas ações, suas reações e seu crescimento pessoal. Afinal, são essas coisas que realmente moldam a sua felicidade.
4) Pratique o grupo
No caos da vida, muitas vezes nos apegamos à validação externa. Esse apego é a principal razão pela qual nos preocupamos tanto com o que os outros pensam.
O Budismo nos ensina a arte do desapego, que é uma ferramenta poderosa para nos libertarmos das opiniões dos outros. Sugere que a causa raiz de todo o sofrimento é o nosso apego às coisas, e isto inclui as percepções humanas.
Estou um pouco mais adiantado na minha jornada para entender como parar de me importar com a opinião dos outros, anotei o que aprendi em um livro. Em meu livro Hidden Secrets of Buddhism: How to Live with High Effect and Low Ego, aprofundo a filosofia budista do desapego.
Essa filosofia não significa que você deva deixar de se preocupar com as pessoas ou tornar-se indiferente. Em vez disso, ensina você a amar, viver e trabalhar juntos, sem permitir que as opiniões dos outros o desencorajem.
Ao praticar o desapego, você pode vivenciar a vida em sua forma mais pura – sem ser filtrado pelas opiniões e julgamentos dos outros. É uma prática libertadora que ajuda você a abraçar o seu verdadeiro eu e a viver uma vida que é verdadeiramente sua.
5) Encontre seus valores
Houve um tempo na minha vida em que eu não tinha clareza sobre meus valores. Eu não sabia o que era realmente importante para mim e isso me deixou influenciado pelas opiniões dos outros. Era como se eu fosse uma folha vagando ao vento, soprando onde quer que a brisa – ou neste caso, a opinião dos outros – soprasse.
Depois de muita introspecção, percebi meus valores fundamentais – autenticidade, gentileza e aprendizado contínuo. Essa clareza serviu de bússola, orientando minhas decisões e ações.
Quanto mais alinhei minha vida com esses valores, menos me importei com o que os outros pensavam. Meus valores me deram força e confiança. Eles me garantiram que, enquanto eu permanecesse fiel a eles, estaria no caminho certo.
Identificar seus valores pode mudar o jogo. Pode lhe dar um senso de propósito e direção, tornando-o menos dependente da aprovação de outras pessoas. Portanto, reserve um tempo para refletir sobre seus valores – eles podem ser a âncora que você precisa no mar de opiniões alheias.
6) Aceite que não há problema em se importar
Isso pode parecer contra-intuitivo, mas parte de não se importar com o que os outros pensam é aceitar que, às vezes, não há problema em se importar. Somos criaturas sociais e é natural buscarmos aceitação e validação de nossos pares.
O problema é quando deixamos que essa necessidade de aceitação controle nossas ações, nossas escolhas e nossa autopercepção. Quando baseamos a nossa felicidade na aceitação dos outros, damos-lhes o controlo sobre as nossas vidas.
Portanto, em vez de tentar suprimir o instinto de se preocupar inteiramente com o que os outros pensam, busque um equilíbrio saudável. Aceite que, embora seja normal considerar as opiniões de outras pessoas, elas não devem ser a força motriz por trás de suas decisões ou de sua felicidade.
Esta aceitação pode aliviar a pressão de ignorar completamente as opiniões dos outros e abrir caminho para uma perspectiva mais saudável. Lembre-se de que não se trata de não deixar o que os outros pensam, mas de não permitir que os pensamentos deles governem sua vida.
7) Pratique a autoconsciência
Tendemos a nos preocupar com as opiniões dos outros porque tememos julgamentos e críticas. Mas as críticas mais duras muitas vezes vêm de dentro. Nós nos julgamos com mais severidade do que qualquer outra pessoa.
Compaixão envolve tratar a si mesmo com a mesma gentileza e compreensão que você demonstraria a outra pessoa. Trata-se de reconhecer que todos cometem erros e que não há problema em ser imperfeito.
Quando você é gentil consigo mesmo, tem força para resistir às críticas, sejam elas dos outros ou de você mesmo. Você aprende que o seu valor não é definido pelas opiniões dos outros, mas pela maneira como você se vê.
Ao praticar a autoconsciência, você pode criar um espaço interior seguro, onde será aceito como você é, independentemente do que os outros pensam. Isso pode reduzir muito o poder das opiniões de outras pessoas sobre você e ajudá-lo a viver uma vida mais feliz.
8) Perceba que sua felicidade está em suas mãos
No final das contas, o mais importante a lembrar é que sua felicidade está em suas próprias mãos. Não está vinculado ao que os outros pensam de você ou como eles o veem. É sobre como você se olha e como escolhe viver sua vida.
Você tem o poder de criar sua própria felicidade. Você pode optar por abandonar a necessidade de aprovação, abraçar sua individualidade e viver uma vida que se alinhe com seus valores. Você pode decidir ser gentil consigo mesmo, aceitar que às vezes não há problema em se importar e compreender que as opiniões não duram.
Ao fazer essas escolhas, você assume o controle da sua própria felicidade e se liberta das limitações das opiniões alheias. Esta é a arte de não se importar com o que os outros pensam e é uma bela jornada para uma vida feliz.
Considerações finais: Viagem
Aprender a não se importar com o que os outros pensam é uma jornada contínua, não um destino. Trata-se de desaprender lentamente as normas sociais que nos condicionaram a buscar a validação e a aprovação dos outros.
Ao longo do caminho, você descobrirá seu verdadeiro eu, seus valores e o que realmente te faz feliz. Você perceberá que sua vida é sua obra de arte e você é o artista. O que os outros pensam dele não altera o seu valor ou beleza.
No meio de minha jornada de autodescoberta e autoaceitação, compilei minhas informações em um livro. Em Os segredos ocultos do budismo: como viver com resultados mais elevados e menos orgulho, examino práticas que podem nos ajudar a viver de forma mais autêntica e menos preocupada com as opiniões dos outros.
Lembre-se de que cada passo que você dá para não se importar com o que os outros pensam é um passo para recuperar sua felicidade. Trata-se de ser o arquiteto da sua própria vida e vivê-la nos seus próprios termos.
Portanto, ao iniciar esta jornada, seja paciente. Pratique a autoconsciência, aceite sua personalidade e, o mais importante, lembre-se de que sua felicidade está em suas mãos.
Esta jornada é sua. Aceite isso. Apreciá-lo. Viva isso.