Nós estivemos lá:
- Um pai controlador
- Julgando irmãos
- Uma tia ou tio alegre
- Esse primo só gosta de provocar drama.
Viver com familiares difíceis pode ser como navegar em um campo minado e, acredite, eu mesmo já passei por isso.
Há alguns anos, eu morava em uma casa cheia de conflitos, me sentia incompreendida e pisava constantemente em ovos. Parecia uma montanha-russa sem fim de emoções.
No entanto, descobri algumas lições psicológicas interessantes sobre a dinâmica familiar que mudaram completamente a minha perspectiva.
Neste artigo, compartilharei esses insights com você, destacando 6 tipos de familiares com os quais pode ser muito difícil conviver. Espero que a compreensão desses tipos possa facilitar a convivência com eles.
Vamos mergulhar.
1) Pai frustrado
Este é o tipo de membro amoroso da família que muitas vezes vem com um lado controlador. Eles têm boas intenções, mas a necessidade de se envolverem em todos os aspectos da sua vida pode ser sufocante.
Se você já teve um pai que planejou o seu dia inteiro ou sentiu a necessidade de orientar todas as suas decisões, você experimentou isso em primeira mão. Essa rotação constante pode dificultar a afirmação de sua independência e a tomada de decisões próprias.
Como psicóloga, aprendi que esse comportamento muitas vezes é causado por ansiedade ou medo. Um pai forte se preocupa com o seu bem-estar e tenta protegê-lo – ainda que de forma extrema.
É importante lembrar que as ações deles não refletem você ou suas habilidades, mas sim a falta de confiança deles.
Uma maneira de lidar com um pai autoritário é expressar sua necessidade de independência e estabelecer limites, ao mesmo tempo que aprecia a preocupação dele com seu bem-estar.
Isso não mudará da noite para o dia, mas compreender a psicologia por trás de seu comportamento pode tornar a convivência com eles mais fácil.
2) O irmão passivo
Viver com familiares passivos pode ser como tentar resolver um enigma complicado. O comportamento deles pode fazer você questionar seus próprios pensamentos e deixá-lo frustrado e confuso.
Lembro-me de crescer com meu irmão mais velho, que era um valentão. Em vez de expressar seus sentimentos diretamente, ele usava sarcasmo, silêncio ou truques sutis que me faziam pensar se eu estava apenas imaginando coisas.
À medida que me aprofundei no estudo da psicologia, encontrei conforto nas palavras do famoso psicólogo Carl Jung, que disse: “Tudo o que nos incomoda nos outros pode nos fazer compreender a nós mesmos”.
Essa citação me ajudou a perceber que a raiva do meu irmão não era sobre mim; era sua maneira de lidar com seus próprios sentimentos. Também me fez pensar em como reagi ao comportamento dele e o que isso revelou sobre minhas inseguranças.
Compreender isto não desculpa o seu comportamento, mas fornece uma perspectiva útil ao comunicar com eles. Lide com o problema subjacente de forma direta e calma, sem se deixar envolver em jogos emocionais.
3) Um parente muito sério
Todos nós temos aquele membro da família que parece ter a incrível capacidade de apontar nossas falhas e erros. Suas palavras duras podem nos fazer sentir inadequados e questionar nossas habilidades.
Eu tinha uma tia que era muito crítica. Cada reunião familiar era uma oportunidade para ele comentar sobre minhas escolhas profissionais, meu peso e até mesmo a maneira como me vestia. Parecia que eu nunca corresponderia às suas expectativas.
Depois de me aprofundar na psicologia, entendi que, em geral, as pessoas que criticam demais os outros costumam ser muito duras consigo mesmas. Eles expressam suas inseguranças aos outros como forma de evitar sua autocrítica.
Essa constatação não tornou seus comentários menos dolorosos, mas me ajudou a não levar isso tão para o lado pessoal. Aprendi a responder com gentileza e sensibilidade quando ele me criticava, percebendo que suas palavras duras tinham mais a ver com suas preocupações do que com as minhas.
Tente não permitir que as palavras deles definam sua confiança.
4) O instigador do conflito
Você conhece aquele – o membro da família que parece prosperar em conflitos. Eles tendem a provocar discussões e a transformar pequenas divergências em brigas completas.
Meu primo foi o instigador das discussões. As reuniões familiares nunca eram pacíficas quando ele estava lá. Ele tinha a habilidade de transformar uma conversa normal em uma discussão, deixando todos maravilhados.
Esse tipo de comportamento pode ser incrivelmente desgastante e é fácil se deixar envolver pelo drama. No entanto, pesquisas mostram que essas pessoas podem enfrentar seus próprios problemas psicológicos.
De acordo com um estudo publicado no Journal of Personality Disorders, pessoas que tendem a causar conflitos podem apresentar características de transtornos de personalidade, especialmente aquelas do cluster B, que inclui transtornos de personalidade anti-social e limítrofe.
Reconhecer isso não desculpa o seu comportamento, mas pode nos ajudar a lidar com essas situações com mais compreensão e paciência. Ao lidar com um instigador de discussão, tente manter a calma e não se envolver no jogo dele.
5) Um membro da família emocionalmente distante
Uma das situações familiares mais desafiadoras de enfrentar pode ser o relacionamento com um membro da família emocionalmente distante. Eles podem parecer distantes, indiferentes ou frios.
Eu tive um tio assim. Ele raramente demonstrava emoções, e tentar ter uma conversa séria com ele era como tentar romper uma parede de tijolos. Era como se ele estivesse fisicamente presente, mas emocionalmente ausente.
Com o tempo, aprendi que a distância emocional pode ser uma forma de autodefesa. Algumas pessoas têm dificuldade em expressar os seus sentimentos devido a experiências passadas ou ao medo da vulnerabilidade.
Se você estiver lidando com um membro da família emocionalmente distante, tente ser paciente e não pressioná-lo demais. Dê-lhes tempo e tempo e eles poderão eventualmente se abrir à sua própria maneira.
6) Um parente excessivamente bom
Isso pode parecer bobagem porque quem não quer ter certezas na vida, não é mesmo? Mas muito de qualquer coisa é ruim, inclusive bom.
Tive uma tia que sempre foi excessivamente positiva, a ponto de sentir que ela não se importava. Sempre que eu lhe contava sobre meus problemas ou preocupações, ele os descartava dizendo: “Apenas seja positivo!” ou “Tudo acontece por uma razão!”
Embora seja importante permanecer positivo, negar ou minimizar sentimentos negativos não é saudável.
Na verdade, a psicologia tem um nome para isso: veneno tóxico. É a crença de que não importa quão difícil ou difícil seja a situação, as pessoas devem manter uma atitude positiva. Mas a vida nem sempre é feita de arco-íris e borboletas, e não há problema em reconhecer nossos sentimentos, mesmo que sejam negativos.
Lidar com um membro da família extremamente gentil é uma expressão de como você se sente ao se desapegar de seus sentimentos. Incentive-os a abraçar a equanimidade emocional – porque às vezes não há problema em se sentir desconfortável.
E como dica prática: da próxima vez que você se encontrar em uma conversa difícil com essa pessoa, experimente usar frases como “Entendo que suas intenções são boas, mas agora preciso que alguém me escute”.
A conclusão
Viver com familiares difíceis pode ser desafiador, mas compreender seu comportamento através das lentes da psicologia pode facilitar o gerenciamento.
Lembre-se de que você não pode mudar as ações das outras pessoas, mas pode controlar suas reações a elas. A comunicação aberta, o estabelecimento de limites e a prática da empatia podem contribuir muito para melhorar esse relacionamento.
E o mais importante, cuide da sua saúde emocional. Se o comportamento de um membro da família estiver impactando negativamente o seu bem-estar, não há problema em buscar apoio e distanciar-se, se necessário.
Afinal, você precisa proteger sua paz de espírito.