Por que algumas pessoas permanecem infelizes, não importa o que ganhem ou experimentem?

Se adivinharmos, pode parecer que eles simplesmente não têm sorte ou que a vida simplesmente não é justa. Mas muitas vezes há algo mais profundo acontecendo debaixo d'água.

Na verdade, muitas pessoas presas em um ciclo de infelicidade, sem saber, adotam comportamentos que aumentam sua insatisfação. Esses padrões são sutis, mas podem ter um impacto poderoso no bem-estar geral.

Hoje, consideraremos estes comportamentos, não para julgamento ou ridículo, mas para compreensão e, talvez, auto-reflexão. Porque às vezes reconhecer um padrão é o primeiro passo para mudá-lo.

1) Comparação constante

A comparação, como dizem, é a ladra da alegria. No entanto, muitos de nós praticamos isso sem saber, muitas vezes em nosso próprio prejuízo.

Quer estejamos comparando nossas realizações, riqueza ou felicidade percebida, essa necessidade constante de comparar nossas vidas com as dos outros pode criar insatisfação e infelicidade. Conforme observado pelo pessoal da Better Help, pode até causar “diminuição da autoestima e sofrimento psicológico”.

Isso nos coloca em uma esteira interminável de insatisfação, onde há sempre uma nova trave, um novo referencial.

Infelizmente, nesta era das mídias sociais, onde o “reel de destaque” de todos é visível, é ainda mais fácil cair nessa armadilha da comparação sem perceber.

A solução?

Conforme orientação da psicóloga Dra. Jordan Peterson em seu livro best-seller 12 Regras para a Vida: “Compare-se com quem você era ontem, não com quem outra pessoa é hoje”. S

2) Focando no passado

Outro comportamento que tenho observado frequentemente em pessoas com infelicidade crónica é a tendência de remoer o passado.

Como alguém que está numa jornada pessoal de reflexão, vi em primeira mão como isso pode ser perigoso.

Lembro-me de passar anos lamentando decisões passadas e 'e se', repetindo conversas e situações em minha mente. Isso me deixou preso, incapaz de aproveitar o presente ou de olhar para o futuro.

Olhando para trás, vejo que essa fixação com o passado foi um enorme obstáculo à minha felicidade. Só quando fiz um esforço consciente para me desapegar e me concentrar no momento é que comecei a encontrar paz.

Como um conhecido psicólogo e sobrevivente do Holocausto, Dr. Viktor Frankl disse uma vez: “Quando não podemos mais mudar a situação, temos o desafio de mudar a nós mesmos”.

Compreender que o passado não pode ser mudado, mas a nossa reação a ele é um passo poderoso para cultivar a felicidade.

3) Manter um grande ego

Este é um grande problema.

O ego, com moderação, pode ser saudável. Ajuda-nos a manter a nossa autoconfiança e a enfatizar a nossa individualidade. No entanto, quando o ego se torna demasiado grande, pode levar à insatisfação e infelicidade crónicas.

Veja, quando nossa auto-estima está muito alta, nos sentimos excessivamente críticos, ansiamos por validação constante e lutamos contra a dúvida. Isso nos impede de ver o mundo como ele é e dificulta o nosso crescimento pessoal.

Em meu livro Hidden Secrets of Buddhism: How to Live with Maximum Effect and Minim Ego, examino essa questão em profundidade. Explico como um grande ego pode afetar sua felicidade e lhe dou estratégias práticas para mantê-la saudável.

Estar consciente e lidar com o nosso ego pode ser um passo importante no desenvolvimento da felicidade em nossas vidas.

4) Negligenciar o autocuidado

Um traço comum entre aqueles que muitas vezes se sentem infelizes é negligenciar o autocuidado.

Do ponto de vista psicológico, negligenciar o autocuidado pode levar a muitos problemas. Conforme observado pelo pessoal da Psych Central, estes incluem baixa energia, desempenho reduzido no trabalho, falta de motivação para participar em atividades sociais e até sentimentos de desesperança.

Mas como é a falta de autocuidado?

Na prática, isto pode significar saltar refeições, não dormir o suficiente, negligenciar a higiene pessoal ou não reservar tempo para descanso e recreação. Sutilmente, também pode significar colocar constantemente as necessidades dos outros antes das suas, o que leva ao esgotamento.

5) Evitar desconforto

Embora pareça razoável buscar conforto e evitar situações desagradáveis, isso pode prejudicar nosso crescimento e felicidade no longo prazo.

Do ponto de vista psicológico, evitar o desconforto pode nos manter na zona de conforto, impedindo o crescimento e o desenvolvimento pessoal. Perdemos oportunidades importantes de aprender e crescer porque temos muito medo do desconforto que isso pode acarretar.

Por outro lado, aceitar o desconforto – seja físico, emocional ou mental – pode levar à resiliência, à adaptabilidade e, em última análise, a um sentimento mais profundo de contentamento e felicidade.

6) Ignorando a gratidão

Muitas pessoas presas em um ciclo de infelicidade tendem a negligenciar uma prática simples, mas poderosa: a gratidão.

Em algum momento da vida, em meio ao caos e aos desafios, a beleza e as bênçãos tendem a ficar em segundo plano. Era como uma batalha constante e difícil, sem espaço para apreciação.

Somente quando uma prática diária de gratidão foi incorporada é que a mudança começou a ocorrer. Mesmo em meio às dificuldades, ainda havia coisas pelas quais agradecer – uma cama quentinha, boa saúde, um amigo que me apoiava ou até mesmo um dia quente.

Como observam os especialistas, a gratidão está sempre associada ao aumento da felicidade. Não ignore isso.

7) Segurar a raiva

Finalmente, raiva.

A raiva pode resultar de mágoas passadas, injustiças percebidas ou conflitos não resolvidos. É como carregar um pesado fardo emocional.

A chave para abandonar o ressentimento está no perdão. Isso não significa esquecer a dor ou perdoar o mal.

Em vez disso, trata-se de liberar as emoções negativas associadas ao evento e recuperar a paz de espírito.

Considerações finais: Uma jornada para a felicidade

Esses comportamentos, como a comparação constante ou o apego ao ressentimento, podem prejudicar silenciosamente a capacidade de aproveitar os triunfos da vida.

Mas a boa notícia é que reconhecer estes padrões proporciona uma oportunidade de mudança.

Ao concluirmos, considere o seguinte: o próximo passo para se libertar da infelicidade pode não ser buscar mais, mas sim abandonar o que o está impedindo.

Ao encorajar a gratidão, enfrentar as feridas do passado e abraçar uma perspectiva saudável, podemos começar a mudar a narrativa.

Como sempre, espero que você tenha obtido algum valor e inspiração com este post.

Até a próxima, seja forte.



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