Existe uma conexão profunda entre nossas experiências de infância e nosso comportamento adulto.

A influência da segurança dos pais durante a infância pode moldar a auto-estima e o bem-estar emocional de uma pessoa na idade adulta.

Quem cresce sentindo-se sem importância ou desvalorizado pelos pais muitas vezes carrega o peso dessa experiência, o que leva a certos aspectos que influenciam seus relacionamentos e sua identidade.

Vamos examinar oito características comuns que são frequentemente exibidas por pessoas que nunca se sentiram valorizadas pelos pais quando crianças.

Não se trata de culpar, mas de obter insights para compreender melhor a nós mesmos e aos outros!

1) Lutando com confiança

É comum que pessoas que não se sentiam importantes para os pais quando eram jovens tenham problemas de autoestima mais tarde na vida.

Isso decorre da ideia básica de se sentirem ‘sem importância’ durante os anos de formação. Este sentimento pode ser caracterizado por uma necessidade constante de validação e um medo constante de “não ser bom o suficiente”.

Perceber isso pode ser um passo em direção ao autoaperfeiçoamento e à cura.

Trata-se de reconhecer o impacto, compreender a causa raiz e tomar medidas para construir uma autoimagem saudável.

2) Dificuldade em construir relacionamentos de confiança

Para muitas pessoas, como eu, que nunca se sentiram importantes enquanto cresciam, confiar nos outros pode ser um verdadeiro desafio.

Ao crescer, sempre me senti em uma posição precária, sem nunca ter certeza se era realmente amado ou apreciado. Isso criou uma sensação de insegurança que me acompanhou até a idade adulta e se estendeu aos meus relacionamentos.

Eu me vi questionando constantemente as intenções de meus amigos e colegas. Eu os mantive por perto, com medo de que me desprezassem, assim como senti que meus pais faziam.

Foi preciso muita reflexão e terapia para entender que essa falta de confiança era resultado de minhas experiências de infância, e não de um reflexo das pessoas em minha vida.

Não é uma mudança rápida, mas reconhecer essa qualidade me colocou no caminho de relacionamentos mais saudáveis ​​com as pessoas ao meu redor.

3) Tendência a superação

Muitas pessoas que foram negligenciadas pelos pais quando crianças muitas vezes se tornam adultos com uma vontade infinita de ter sucesso. Para estas pessoas, o sucesso não é apenas satisfação ou ambição pessoal, mas uma profunda necessidade de provar o seu valor.

De acordo com um estudo publicado na Associação Americana de Psicologia, as crianças que se sentem sem importância muitas vezes se esforçam para ter sucesso acadêmico e profissional na idade adulta, como forma de compensar a percepção de falta de importância.

No entanto, embora lutar pelo sucesso não seja inerentemente mau, é importante lembrar que o nosso valor não é definido apenas pelas nossas realizações.

4) Dificuldade em expressar emoções

Pessoas que não se sentiam importantes quando crianças muitas vezes se tornam adultos que têm dificuldade para se expressar.

Isso ocorre porque, quando crianças, eles podem ter sentido que seus sentimentos não eram importantes ou eram inválidos.

Como resultado, estas pessoas muitas vezes reprimem os seus sentimentos ou têm dificuldade em expressá-los, temendo que possam ser rejeitados ou ignorados.

É importante lembrar que seus sentimentos são válidos e merecem ser ouvidos e respeitados.

Não há problema em expressar seus sentimentos e buscar apoio emocional quando precisar!

5) Anseio por amor

Existe um desejo natural de amor e carinho em todos nós. Mas para quem não se sentia importante para os pais, esse desejo pode ser ainda pior.

Quando crianças, eles podem sentir falta do calor e da bondade que são tão importantes para o nosso bem-estar emocional.

Como adultos, muitas vezes procuram preencher esse vazio de várias maneiras – através de amizades, relacionamentos românticos e até mesmo através dos filhos.

Mas lembremos de uma coisa: procurar o amor não é sinal de fraqueza. É uma necessidade humana enraizada no nosso desejo de nos conectarmos e pertencermos.

Se você vê essa qualidade em você, saiba que não está sozinho.

E, o mais importante, não há problema em desejar amor e carinho – você merece!

6) Medo da rejeição

A rejeição é difícil para qualquer um. Mas para aqueles de nós que nunca se sentiram importantes quando crianças, isso pode ser muito doloroso.

Lembro-me de ter medo de me expor, seja em amizades, relacionamentos amorosos ou até mesmo em situações de trabalho.

A ideia de rejeição – de ouvir que eu não era bom o suficiente – era dolorosa demais para suportar.

Este medo pode impedir-nos de procurar oportunidades e de criar ligações significativas, mas compreender de onde vem este medo pode ajudar-nos a enfrentá-lo.

7) Autocrítica excessiva

Não é incomum que aqueles que se sentiram insignificantes na infância se tornem seus críticos mais duros.

Eles tendem a manter padrões impossivelmente elevados, examinando constantemente suas ações e minimizando suas realizações.

Esta autocrítica muitas vezes decorre de uma crença profundamente arraigada de que são inadequados, uma crença que foi formada durante os seus anos de formação.

Perceber esse aspecto é importante para o autoaperfeiçoamento e o crescimento pessoal.

É importante lembrar que todos cometem erros e é com esses erros que aprendemos e crescemos.

8) Um forte desejo de fazer os outros se sentirem importantes

Curiosamente, as pessoas que nunca se sentiram valorizadas quando crianças muitas vezes fazem de tudo para fazer com que os outros se sintam valorizados.

Eles sabem o que é ser desprezado e não querem que ninguém mais sinta essa dor.

Esta pode ser uma característica positiva, destacando sua compaixão e bondade. Porém, é importante garantir que esse desejo não leve ao descaso.

Você não pode derramar em um copo vazio – é importante primeiro se valorizar; só então você poderá realmente ajudar os outros a se sentirem valorizados novamente.

Considerações finais: A cura começa com a compreensão

Desvendar as complexidades do comportamento humano muitas vezes nos leva de volta às nossas experiências de infância.

Esta avaliação não se trata de culpar ou de insistir no passado, mas de compreensão e crescimento.

Para aqueles que nunca se sentiram valorizados quando crianças, reconhecer essas características pode ser um passo corajoso em direção à cura.

Envolve reconhecer o impacto dessa experiência, compreender suas origens e aceitar a jornada de autoaperfeiçoamento.

Como Carl Jung disse uma vez: “Não sou o que acontece comigo, sou o que escolho ser”. O poder de escolher, de mudar, está dentro de nós.

Reconhecer essas qualidades é apenas o começo.

A jornada de cura e crescimento dura a vida toda, mas começa com uma melhor compreensão de nós mesmos.

Um brinde à compreensão, cura e nos tornarmos a melhor versão de nós mesmos!



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